domingo, 19 de setembro de 2010

Relato de paraense

“Um dia eu tava buiado, pensei em ir lá em baixo comprar uns tamatá.

Tava numa murrinha, mas criei coragem, peguei o sacrabala e fui. Cheguei tarde, só tinha peixe dispré.
O maninho que tava vendendo tinha uma teba duma orelha do tamanho dum bonde.

O gala-seca espirrou em cima do tamatá do caboco que tinha acabado de comprá.
Ficou tudo cheio de bustela... Axiiiiiii, porcaria! Não é potoca, não.
O dono do tamatá muquiou o orelha-de-nós-todos, mas malinou mesmo.
Saí dali e fui comer uma unha. Escolhi uma porruda!

Égua, quase levei o farelo depois. Me deu um piriri.
Também... parece leso, comprar unha no veropa.
Depois comprei uns mixilhão, um cupu e um pirarucu que tava muito fiiiiiirme, mas pitiú paca.
Aí fui pra parada esperar o busão. Lá tinha duas pipira varejeira fazendo graça.
Eu pensei logo ...ÊEEEE, ela já quer... Mas, veio um Paar-Ceasa sequinho e elas entraram...
Fiquei na roça, levei o farelo. O sacrabala veio cheião e ainda caiu um toró.
Égua-muleki-tédoidé, pense num bonde lotado.
Eu disse: ééééguaa, acho que vô mimbora logo.
No sacrabala lotado, com o vidro fechado por causa da chuva, começa aquele calor muito palha.
Uma velha estava quase despombalecendo.
Daí o velho que tava com ela gritava "arreda aí menino pra senhora sentar aí do teu lado".
O menino falou: "_Humm, tá, cheiroso...!".
Eu me abri!!!”

fonte:(Blog da franssinete) 11/09/2010 - COM ADAPTAÇÕES

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